O Sindicato dos Auxiliares de Administração Escolar do Estado de Minas Gerais (SAAEMG) saúda a todas as trabalhadoras e os trabalhadores da Educação Profissional e Tecnológica pelo seu dia, comemorado nesta terça-feira (23).
A data foi instituída pela Lei nº 14.139, de 16 de abril de 2021, em referência à criação de 19 Escolas de Aprendizes Artífices – por meio do Decreto nº 7.566 de 1909, assinado pelo presidente Nilo Peçanha, considerada o marco inicial da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica.
Ao celebrar esta data, a Diretoria-Executiva do Sindicato busca valorizar esta importante modalidade de ensino e seus profissionais, que preparam estudantes para o mundo do trabalho e o exercício de profissões, por meio de cursos técnicos, de graduação e pós-graduação. A comemoração também propõe uma reflexão sobre os desafios da formação e as perspectivas para a juventude brasileira.
Ponte direta entre a teoria e a prática
A Educação Profissional e Tecnológica (EPT) tem demonstrado crescimento no país, sendo importante alternativa para muitos jovens e adultos que buscam qualificação e oportunidades de emprego, atuando de maneira estratégica para atender às necessidades do setor produtivo.
Neste sentido, a EPT desempenha papel fundamental, pois, além de preparar os estudantes para o mercado de trabalho, promove o desenvolvimento socioeconômico e contribui para uma formação mais completa e integrada.
Além da formação acadêmica tradicional, a EPT oferece uma ponte direta entre a teoria e a prática, capacitando os alunos com habilidades e competências requisitadas pelo setor produtivo:
– Inserção no mercado de trabalho: Profissionais com formação técnica possuem conhecimentos especializados e práticos, o que aumenta suas chances de empregabilidade e ascensão profissional. Estudos indicam que esses profissionais podem ter uma remuneração superior em comparação àqueles com apenas o ensino médio tradicional;
– Impulso econômico: A expansão da EPT pode gerar impactos positivos na economia de um país. Pesquisas sugerem que um aumento na oferta de ensino técnico pode impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) e contribuir para a competitividade nacional, já que a indústria e outros setores passam a contar com mão de obra mais qualificada;
– Estímulo ao desenvolvimento de habilidades do século XXI: A EPT moderna, especialmente quando integrada à tecnologia, ajuda a desenvolver habilidades cruciais para o mundo contemporâneo, como pensamento crítico, criatividade, colaboração e capacidade de adaptação. Ela também promove a aprendizagem ao longo da vida, uma necessidade constante em um mercado de trabalho em rápida evolução;
– Desenvolvimento de competências técnicas e socioemocionais: A modalidade foca tanto nas hard skills (habilidades técnicas) quanto nas soft skills (competências socioemocionais), como capacidade de trabalho em equipe e autonomia, essenciais para o sucesso profissional e pessoal;
– Protagonismo e autoconhecimento: Ao permitir que os jovens explorem áreas de interesse e vivenciem a realidade do mercado de trabalho, a EPT estimula o autoconhecimento e a proatividade. Ou seja, os estudantes são incentivados a se tornarem protagonistas de suas carreiras, buscando aprimoramento constante;
– Integração entre teoria e prática: A EPT conecta diretamente o conhecimento teórico com a aplicação prática, tornando a aprendizagem mais contextualizada e significativa. Isso é particularmente importante em um cenário onde a demanda por profissionais capazes de resolver problemas reais de forma criativa e inovadora é cada vez maior;
– Inclusão social e equidade: Ao oferecer oportunidades de qualificação profissional, a EPT contribui para a inclusão socioprodutiva de milhões de brasileiros, em especial para as classes trabalhadoras, promovendo igualdade de acesso a uma formação de qualidade e emancipadora.
A integração da EPT no currículo escolar, seja de forma concomitante ou posterior ao ensino médio, representa uma estratégia poderosa para preparar as futuras gerações para os desafios e oportunidades do mercado de trabalho, ao mesmo tempo em que fortalece o desenvolvimento social e econômico do país.
Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica
A Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica é formada por 38 Institutos Federais (IF), dois Centros Federais de Educação Tecnológica (Cefets), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), o Colégio Pedro II e 22 escolas técnicas vinculadas às universidades federais, perfazendo o total de 782 unidades, sendo 702 campi de IFs. Até 2026, a previsão é de que mais 100 estejam implantados.
De acordo com o Censo Escolar da Educação Básica de 2022, divulgado pelo Inep, as redes federal, estaduais, distrital e municipais, além dos Sistemas Nacionais de Aprendizagem (SNAs) e Instituições Privadas de Ensino Superior (Ipes), contabilizavam mais de 2,1 milhões de estudantes matriculados em cursos técnicos de nível médio.
Em 2023, o presidente Lula sancionou a lei 14.645/2023, determinando que a União, em colaboração com os estados e o Distrito Federal, formulasse e implementasse uma política nacional de educação profissional e tecnológica, articulada com o Plano Nacional de Educação (PNE).
Pela importância da Educação Profissional e Tecnológica para os jovens e o Brasil, nosso reconhecimento e parabéns a todas as trabalhadoras e a todos os trabalhadores que atuam na área!
SAAEMG: Somos Trabalhadores. Somos Educadores.
