Na semana em que o país celebrou o Dia dos Professores e das Professoras (15 de Outubro), a Contee homenageou os profissionais da educação lançando mais uma cartilha de formação e orientação sindical, fundamentada em aspectos históricos, políticos e éticos, que destaca a importância das entidades de classe na defesa dos direitos trabalhistas e da própria democracia.
O documento, dirigido a professores(as) e técnicos(as) administrativos(as), propõe um diálogo direto com a categoria sobre um tema que, embora recorrente, continua cercado de desinformações e ataques: o papel dos sindicatos.
“Estamos falando do sindicato”, abre o texto da cartilha, destacando que o assunto “não sai dos meios de comunicação, nem da agenda das empresas — quase sempre para amaldiçoá-lo”.
Com uma narrativa didática e provocadora, o material convida os trabalhadores a refletirem sobre o verdadeiro sentido do sindicalismo e o papel histórico que ele desempenha na conquista e manutenção de direitos. A Contee questiona:
“Os direitos que usufruímos existiriam integralmente sem a luta sindical? Tudo o que se diz contra os sindicatos é merecedor de crédito?”.
A cartilha percorre marcos históricos do movimento sindical — da Lei Le Chapelier, que em 1791 proibiu sindicatos na França, às perseguições e repressões que marcaram a luta dos trabalhadores ao longo dos séculos — e demonstra, com dados e exemplos concretos, como cada avanço social foi resultado de organização e resistência coletiva.
O texto também expõe o que raramente é dito pela grande mídia: “Não existe lei que garanta reajuste salarial. Todo e qualquer aumento depende de negociação coletiva feita pelos sindicatos. Sem eles, o salário que valia R$ 1,00 em 1994 hoje valeria apenas R$ 0,10.”
Mais do que uma defesa das entidades sindicais, a cartilha é um chamamento à participação e à responsabilidade coletiva. Ao explicar de forma clara o papel das contribuições sindicais e os princípios éticos que as sustentam, a Contee lembra que não há direitos sem deveres — e que o sindicato “não é um ente distante, mas a expressão organizada de todos nós”.
A força da organização coletiva
Um dos trechos mais impactantes da cartilha enfatiza a centralidade da organização sindical para a manutenção dos direitos: “Se morre o sindicato, morre nosso ser coletivo, nossa força e, como nos ensinou o Papa Francisco, morre nossa voz! Se isso acontecer, teremos de dar adeus a todos os direitos. Ou será que existem direitos sem lutas, sem força coletiva? Sabemos que não existem”.
A reflexão reforça que o sindicato não é apenas um ente jurídico ou uma entidade formal, mas o instrumento que garante a sobrevivência da categoria e a efetividade de direitos conquistados ao longo da história. Sem participação ativa, contribuições e engajamento, as conquistas podem se perder, beneficiando apenas os empregadores.
Formação crítica
A nova cartilha reafirma o compromisso da Contee com a formação crítica, a valorização profissional e a luta coletiva, fortalecendo o vínculo entre os trabalhadores e suas entidades representativas.
Em um momento em que a desinformação tenta enfraquecer o sindicalismo, a Contee reitera sua convicção: defender o sindicato é defender a própria educação — porque sem organização, não há valorização; e sem valorização, não há futuro possível para o ensino e para o país.
Para ler e baixar a cartilha, acesse o site da Contee: https://contee.org.br/contee-publica-cartilha-e-evidencia-papel-essencial-da-luta-sindical-para-trabalhadores-da-educacao/
Fonte: Contee.





