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Brasil sai do Mapa da Fome: resultado de políticas públicas e compromisso com a dignidade

O Brasil alcançou uma das mais importantes vitórias sociais dos últimos anos: saiu, mais uma vez, do Mapa da Fome da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO). O anúncio oficial foi feito no dia 28 de julho, durante a Cúpula de Sistemas Alimentares da ONU, em Adis Abeba, na Etiópia.

Em apenas dois anos, o governo Lula reverteu um quadro crítico de insegurança alimentar e conseguiu reduzir para menos de 2,5% o percentual da população em situação de subnutrição, limite utilizado pela FAO para determinar a presença de um país no Mapa da Fome. O dado tem como base a média dos anos de 2022, 2023 e 2024, demonstrando que o Brasil retomou, de forma rápida e eficiente, o caminho da justiça alimentar.

Em 2014, a presidenta Dilma Rousseff já havia alcançado esse feito. No entanto, no triênio 2018–2020, o Brasil retrocedeu e voltou a figurar no Mapa da Fome, cenário que expôs o agravamento da insegurança alimentar no país.

O ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, comemorou a conquista e destacou que ela não aconteceu por acaso. “Sair do Mapa da Fome era o principal objetivo do presidente Lula ao retomar o governo. Com o Plano Brasil Sem Fome, políticas integradas e muito trabalho, conseguimos isso em apenas dois anos”, afirmou.

Caminho da reconstrução: combate à pobreza e geração de renda

A retomada da segurança alimentar no Brasil é fruto de uma combinação de fatores: fortalecimento da renda das famílias, ampliação do acesso à alimentação saudável, revalorização do salário mínimo e reestruturação de programas sociais, como o Bolsa Família.

Somente em 2023, quase 24 milhões de brasileiros saíram da insegurança alimentar grave, segundo a EBIA. No mesmo ano, o país registrou a menor taxa de pobreza extrema da história recente, com 4,4% da população nessa condição, uma queda expressiva em relação a 2021. Em 2024, o desemprego também atingiu o menor nível desde 2012, marcando 6,6%.

Além disso, o crescimento da renda do trabalho tem sido mais acelerado entre os mais pobres. O rendimento dos 10% mais pobres aumentou 10,7%, superando, em ritmo, o avanço observado entre os mais ricos. Isso contribuiu para a redução do índice de Gini, que mede a desigualdade no país, para 0,506 – o menor da série histórica.

Efeitos concretos das políticas sociais

O Plano Brasil Sem Fome articula uma série de iniciativas que atuam de forma complementar no enfrentamento à fome. Entre elas estão: o Bolsa Família, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Cozinha Solidária, o Pronaf (crédito para a agricultura familiar), a ampliação da alimentação escolar e o estímulo ao empreendedorismo popular.

O impacto desses programas é visível: das 1,7 milhão de vagas com carteira assinada criadas em 2024, quase 99% foram preenchidas por pessoas inscritas no Cadastro Único. Mais de 1,2 milhão delas eram beneficiárias do Bolsa Família. E cerca de um milhão de famílias conseguiram sair da linha da pobreza e deixaram de depender do benefício em julho de 2025.

Cooperação internacional e protagonismo no combate à fome

O compromisso do Brasil não se limita às suas fronteiras. Durante a presidência do G20 em 2024, o país lançou a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza, proposta que já reúne mais de 100 países, organizações internacionais e instituições financeiras. O objetivo é fomentar a cooperação internacional e difundir estratégias eficazes no enfrentamento à fome em escala global.

O exemplo brasileiro, segundo o ministro, pode ser replicado em outros contextos e serve de inspiração mundial. “Sair do Mapa da Fome é só o começo. O que queremos é um mundo mais justo, onde todas as pessoas tenham acesso a comida de qualidade, dignidade e bem-estar.”

Compromisso com o futuro

Para a Contee, que sempre defendeu a soberania nacional, a valorização da vida e os direitos sociais, essa conquista tem um significado político profundo. A segurança alimentar é base para o desenvolvimento humano e elemento essencial para garantir educação de qualidade, saúde e cidadania plena.

Sair do Mapa da Fome é, mais do que um número ou índice, o símbolo de um país que volta a olhar para os que mais precisam. É o reflexo de escolhas políticas que colocam o povo no centro do projeto de nação.

Com informações do portal gov.br.

Por Romênia Mariani.

Fonte: Contee.

 

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