O Plebiscito Popular por um Brasil mais Justo e Soberano terminou em 12 de outubro com um resultado histórico: 2.118.419 votos registrados em todo o território nacional, tanto em urnas físicas quanto pela internet.
A campanha, que durou 103 dias, consolidou-se como uma das maiores mobilizações sociais e políticas dos últimos anos, reunindo movimentos populares, sindicais e estudantis, partidos progressistas, entidades da sociedade civil e expressões de fé em torno de duas bandeiras centrais: Redução da jornada de trabalho sem redução salarial e o fim da escala 6×1, e a justiça tributária, com isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil e taxação progressiva sobre rendimentos acima de R$ 50 mil mensais.
O expressivo número de votos demonstra a força e o engajamento da sociedade em torno dessas causas. A mobilização nacional já produziu resultados concretos: no dia 1º de outubro, a Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade o projeto de lei que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda e cria um sistema de tributação mais justo para os super-ricos.
Além disso, a comissão executiva do plebiscito foi recebida em audiência pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no Palácio do Planalto, e pelo presidente da Câmara, Hugo Motta, o que reforçou a legitimidade e o alcance político da iniciativa.
Com o encerramento da votação, o movimento segue em marcha. Nesta terça-feira (4/11), a comissão executiva do plebiscito será recebida pelo presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), para a entrega simbólica dos resultados.
O projeto da renda, relatado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), está na pauta da Comissão de Assuntos Econômicos e deve ser votado nesta semana. Já o projeto de redução da jornada de trabalho e fim da escala 6×1, de autoria do senador Paulo Paim (PT-RS), tramita na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) com relatório de Rogério Carvalho (PT-SE) pronto para ser apreciado.
“O projeto da isenção do imposto de renda com a taxação dos super-ricos precisa ser aprovado no Senado. Esperamos que isso aconteça o quanto antes para que possa ser promulgado pelo presidente Lula e passe a valer já em 2026”, afirmou Igor Felippe Santos, da comissão executiva nacional do plebiscito.
“Precisamos também avançar no projeto da redução da jornada de trabalho sem redução salarial e com o fim da escala 6×1. Essa luta vai se intensificar no próximo período com a nossa organização e mobilização”, completou.
O plebiscito revelou a vitalidade da democracia participativa no Brasil e mostrou que o povo quer ser ouvido nas grandes decisões que afetam sua vida. A pressão popular agora se concentra sobre o Senado, com o objetivo de transformar a vontade das ruas em conquistas concretas para a classe trabalhadora e para o país.
Fonte: Portal CTB.





