“Os sindicatos nascem como reação às precárias condições de trabalho e remuneração a que estão submetidos historicamente os trabalhadores no capitalismo. Importantes avanços sociais são resultados da ação organizada dos trabalhadores, entre os quais se destaca a redução gradual da jornada de trabalho de 16 horas, no século XVIII, para as atuais 8 horas ou menos na maioria dos países”.
O breve resumo acima do Departamento Intersindical de Estatística de Estudos Socieconômicos (DIEESE) explica bem a importância dos Sindicatos e ajuda a entender por que os patrões temem tanto a organização dos trabalhadores.
Não interessa para muitos donos de instituições de ensino particulares que os auxiliares de administração escolar se unam para buscar os seus direitos. O melhor, na visão destes, é que a categoria permaneça desmobilizada. Dessa forma, fica mais fácil burlar as leis trabalhistas, precarizar o trabalho e rebaixar os salários cada vez mais. Essa é a lógica do sistema capitalista.
Todos os dias somos “bombardeados” pela mídia comercial com a ideologia do individualismo, do poder do mais forte e do falso empreendedorismo. Essa visão de mundo nega a importância e a força do coletivo e só interessa aos patrões.
Vejamos a realidade dos trabalhadores de transporte por aplicativo. Muitos trabalham 12h, 15h e até 16h por dia sem nenhum direito trabalhista e previdenciário. Na educação, a terceirização avança nos setores de portaria, segurança e limpeza. O resultado é também menos direitos e mais exploração dos trabalhadores pelos donos do capital.
Um dos reflexos dessa lógica perversa tem sido o adoecimento cada vez maior dos trabalhadores. Levantamento realizado pelo SAAEMG revela que o número de auxiliares de administração escolar afastados pelo INSS entre 2022 e julho deste ano foi de 857 associados. Assédio moral, sexual, acúmulo de funções, trabalho precário e cobrança por aumento de produtividade estão entre as principais causas dos afastamentos. Esses números mostram apenas os trabalhadores sindicalizados. Portanto, podem ser bem maiores.
A aprovação das reformas Trabalhista, em 2017, e da Previdência, em 2019, contribuíram para piorar a situação dos trabalhadores. A primeira não aumentou o número de empregos conforme o prometido pelos seus defensores na época e ainda enfraqueceu os sindicatos. A segunda ampliou o tempo de contribuição para a previdência e deixou a aposentadoria dos trabalhadores mais distante.
Lutar pela ampliação dos direitos e contra esses ataques dos donos do capital é o desafio que se impõem à classe trabalhadora e, em especial, os auxiliares de administração escolar. O Sindicato só será forte com a participação da categoria. Sindicalize-se. Juntos, somos mais fortes!
Direitos dos trabalhadores conquistados pela luta sindical
- Salário mínimo
- 13º salário
- Férias
- Jornada de 8 horas por dia
- Repouso semanal remunerado
- Seguro desemprego
- Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS)
- Aposentadoria e pensões
Outros direitos dos trabalhadores garantidos pela CLT
- Carteira de trabalho assinada desde o primeiro dia de serviço
- Exames médicos de admissão e demissão
- Licença maternidade
- Adicional noturno
- Aviso prévio de 30 dias, em caso de demissão